sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Tratamento para Esteatose

         Pacientes que apresentam esteatose hepática podem realizar alguns tratamentos que objetivam a eliminação ou a redução da esteatose e da inflamação, o que impedem a progressão da fibrose. Primeiramente deve ser realizado uma avaliação desse paciente, juntamente com um exame físico completo.
          Atualmente, não existe um tratamento específico para tratar a esteatose hepática, no entanto algumas medidas podem ser tomadas, como: a redução de peso, caso estejam acima ou seja encontrado um quadro de obesidade, aumento da atividade física (aumentam a sensibilidade muscular à insulina) e a inclusão de alimentos fortificados na dieta, tornado-a mais balanceada. A vitamina E é um antioxidante que tem sido testado para o tratamento do distúrbio. Ela reduz a lesão do fígado causado pela inflamação. Esse tratamento reduz a destruição dos hepatócitos e , espera-se , impedir ou atrasar a progressão da doença. Um estudo clínico foi feito para testar a eficácia dessa vitamina e o resultado foi satisfatório. Alguns adultos que possuem esteatose hepática foram sujeitos a três tipos de medicamentos , que incluíram placebo, vitamina E e pioglitazina, que é um medicamento antidiabético. Biopsias foram feitas no início e no fim do estudo. O tratamento com a vitamina E foi mais plausível em comparação ao do placebo. Em relação a pioglitazina, ambos reduziram a inflamação e os níveis sanguíneos de enzimas hepáticas, demonstrando um efeito positivo sobre a saúde do fígado. No entanto, o tratamento com a pioglitazona resultou em um ganho de peso de 4,7 kg. Dessa forma, nota-se que a vitamina E tem efeito positivo sem ganho de peso.
          Outra medida que pode ser tomada é o uso de ácido ursodesoxicólico, que é uma sal biliar mais hidrossolúvel, acelerando o fluxo biliar e diminuindo o contato da bile com os hepatócitos e, consequentemente, a toxidade por sais biliares endógenos hidrofóbicos. Além disso, tem efeito imunomodulatório no fígado, o que reduz a inflamação. Em alguns trabalhos se verificou a redução nos níveis de AST e ALT, que são enzimas responsáveis pela metabolização de algumas proteínas e liberadas quando é detectado na membrana do hepatócito ( a alteração dessas enzimas pode indicar a esteatose).
          A metformina, assim como a rosiglitazona e pioglitazona melhoraram alguns testes de função hepática, pois diminuem a resistência à insulina. Isso ocorre porque o tecido tem uma melhora na ação dos receptores de insulina, o que reduz o depósito de gordura e a inflamação no fígado, além da redução nos níveis de AST e ALT, que são algumas das enzimas citadas anteriormente.
          Alguns estudos recentes têm mostrado que as estatinas podem ser utilizadas na presença de esteatose hepática, pois reduzem os níveis do colesterol LDL, principalmente. Possuem uma ação inibidora da enzima HMG-CoA, que participa da via de biossíntese de colesterol. Dessa forma, ela contribui para a diminuição da infiltração de gorduras no fígado.

                                                 

          Outro tratamento que pode ser indicado é o uso de ômega-3, pois reduz a inflamação e a infiltração gordurosa no fígado, evitando possíveis complicações, como cirrose e insuficiência hepática. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nutrição Enteral e Parental, a ingestão de 1 a 2 g/dia de fontes desse ácido graxo por pacientes com doença hepática por um ano reduziu, de forma significativa, a concentração plasmática de triglicerídios, das enzimas hepáticas, da glicemia de jejum (que se encontram aumentados nestes pacientes) e do grau de esteatose hepática.          
            A betaína é uma medicação que aumenta os níveis de S-adenosilmetionina, e este aumento é associado com diminuição do estresse oxidativo (promove a lipoperoxidação de membranas, ativação de células inflamatórias e de citocinas, e, consequentemente, fibrogênese). A N-acetilcisteína também ajuda na diminuição do estresse oxidativo celular, pois eleva os níveis de glutationa nos hepatócitos.
          Com base nessas informações, nota-se que alguns medicamentos podem ser usados no tratamento da esteatose, assim como mudanças no hábito alimentar. O último aspecto é de extrema importância não somente no tratamento de indivíduos com esteatose, mas também na prevenção.
 
Referências bibliográficas:
 
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1582/esteatose_hepatica_nao_alcoolica.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2005002400008&script=sci_arttext
                                                                                                                  Post por Karellyne Barbosa
 

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