sábado, 30 de novembro de 2013

Relação entre esteatose hepática e obesidade

     A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) caracterizada pelo acumulo de gordura nos hepatócitos é a mais comum causa de mortalidade ligada a doenças no figado, provavelmente por seu caráter assintomático. O aumento no número de casos tem aumentado nos últimos anos junto com o aumento do número de obesos, indicando que a DHGNA está associada a resistência a insulina e ao acúmulo de gordura visceral.
     Normalmente ácidos graxos livres circulam entre o fígado e os adipócitos periféricos sem acumulo excessivo nos hepatócitos. As duas vias principais desses ácidos graxos livres no fígado são a formação de triglicerídios e sua excreção como VLDL (lipoproteínas de densidade muito baixa) e  b-oxidação mitocondrial para formar acetilCoa que pode ser oxidada ou convertida em corpos cetônicos. O aumento do fluxo de ácidos graxos livres pode gerar seu acumulo se essas vias não forem suficientes para a retirada desse excesso, o que caracteriza o inicio da DHGNA. A indícios de que a obesidade, a resistência a insulina e a diabetes mellitus tipo 2 favorecem esse quadro e estimulam a lipólise tecidual, o que gera um acumulo de lipídios nos hepatócitos, podendo atingir níveis tóxicos, o que gera um aumento no estresse oxidativo formando radicais livres.
     Um estudo desenvolvido no ambulatório do projeto "Atividade Física na Vila", no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) selecionou 69 pacientes, sendo 55 mulheres e 14 homens, de 53,02±1,26 anos, dentre esse foram retirados os durante o questionário informaram consumir muito álcool.Foi realizado uma ultra-sonografia abdominal, sendo analisadas a presença de esteatose, as medidas da gordura visceral, e a gordura subcutânea. Após a análise inicial, com exclusão dos casos de etilismo significativo e hepatite viral, restaram 60 pacientes (48M e 12H), sendo 22 casos com DHGNA (37%; 14M e 8H; entre 37 anos e 71 anos) e 38 sem DHGNA.
     Os resultados mostraram que os pacientes com DHGNA apresentaram um aumento significativo no IMC e do peso corporal em relação aos pacientes sem DHGNA. O DHGNA foi um achado comum entre os pacientes obesos (60%).







Referencias bibliográficas:
http://www.rbconline.org.br/wp-content/uploads/a2008_v21_n02_a04gisele.pdf
http://www.jgld.ro/2012/3/12.pdf

Post por: Danyelly Lara Martins

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