A esteatose caracteriza-se também por apresentar uma peculiaridade que impede, muitas vezes, o diagnóstico precoce: a doença é assintomática. Sendo assim, o diagnóstico precoce geralmente não é obtido através de queixas diretamente voltadas ao fígado, mas sim quando se busca um diagnóstico para doenças localizadas em outros órgãos da região abdominal.
Ainda que sejam constatadas alterações na estrutura e volume do fígado, o diagnóstico de esteatose é baseado em critérios que classifiquem o quadro clínico apresentado pelo paciente. Esses critérios se baseiam em análises quantitativas e qualitativas.
Hoje, com o auxílio da tomografia computadorizada, sabe-se que é mais eficaz utilizar as análises dos coeficientes de atenuação somente do fígado ao invés de estabelecer uma correlação entre os coeficientes de atenuação do fígado e do baço, ainda que a última análise citada seja a mais utilizada para diagnósticos clínicos atualmente.
Em relação aos coeficientes de atenuação do fígado, análises evidenciam que existem diferenças significantes entre os coeficientes de atenuação que configuram a esteatose leve e a moderada. Já, entre a esteatose moderada e a acentuada a diferença entre os coeficientes não são tão distantes. Hoje, há uma padronização que agrupa os graus da esteatose conforme as unidades de Hounsfield , assim, é considerada uma esteatose leve a que apresenta um coeficiente de atenuação acima de 56 unidades de Hounsfield, entre 56 e 32 unidades a esteatose é considerada moderada e abaixo de 32 unidades a esteatose é considerada com grau acentuado. Há também um exame de sangue capaz de detectar anormalidades no fígado, e consiste em exames com dosagens de transaminases.
Ainda que seja uma doença assintomática, o diagnóstico pode ser mais eficaz se os grupos de risco forem identificados e informados da sua maior probabilidade de desenvolvimento da doença. Os grupos que possuem maior probabilidade de desenvolver a esteatose são: mulheres, pessoas que tiveram perda excessiva de peso, pessoas com colesterol alto, desnutridos, diabéticos etc. Provavelmente, os índices de esteatose entre os brasileiros irá aumentar nos próximos anos, já que a população está ficando cada vez mais obesa.
O diagnóstico precoce é de imensa importância pois o quadro de esteatose hepática pode se desenvolver para um quadro de cirrose hepática.
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